Balanço da pré-temporada

O meu ocupadíssimo mês de Julho não me tem deixado muito tempo para ver e muito menos para analisar com grande pormenor as exibições do Benfica. Ainda assim, julgo que é tempo de fazer uma primeira análise daquilo que tenho visto.


A posição de guarda-redes é uma daquelas em que tarda em haver total confiança no seu dono. Ainda assim, entre os adeptos Moreira é aquele que parece reunir maior consenso. O mesmo já não parece tão claro nas ideias de Jesus, que mostra ainda dúvidas sobre a quem vai entregar a baliza.
Fala-se ainda na vinda de novo guarda-redes, algo que poderá introduzir novos dados na luta pela baliza.


No seguimento daquilo que se disse em relação a Moreira, Quim já teve melhores dias na Luz. As exibições convincentes já não são a rotina de outrora e há mesmo quem ponha o seu lugar no plantel em causa.


Parecia condenado à partida, mas neste momento não é líquido que, a sair algum dos 3, seja Moretto o escolhido. Não que o brasileiro tenha deslumbrado, muito pelo contrário.


Veio com uma tarefa específica: ser alternativa a Maxi. O brasileiro não parece ser mau de todo, tem boa velocidade, mexe-se muito, ataca... mas a curto prazo estar na sombra do uruguaio é mesmo o máximo a que pode ambicionar. Não por demérito próprio mas antes por mérito de Maxi, que é, neste momento, uma das figuras do clube da Luz.


Raça, força, combatividade, competência e... amor à camisola. São estes os argumentos que fazem do uruguaio um dos principais jogadores do clube da Luz.
Quando muito se fala da escassez de portugueses do plantel do Benfica, Maxi dá o exemplo de como se pode dar tudo por um clube, mesmo sendo de outra nacionalidade.
É mais do que dono da lateral direita.


Começa a transformar as indicações da época passada em certezas e ganha cada vez mais confiança. Miguel Vitor prova que é uma aposta para durar e almeja a curto/médio prazo ser um dos donos do lugar no centro da defesa.
Aproveitou o arranque "em falso" dos seus principais concorrentes pela posição para ganhar pontos à custa de exibições consistentes e personalizadas.


O brasileiro começou a época lesionado e, por isso, vai ter que apanhar o comboio em andamento. Para já, parte em desvantagem.


Também começou a época lesionado, mas Jesus parece apostado em "forçar" que ganhe ritmo pois parece ser aposta para o lugar de titular, ao lado de Luisão.


Outro que chegou atrasado, mas a este poucos serão capazes de por em causa o seu lugar no centro da defesa. Um dos patrões da equipa.


A grande surpresa da pré-temporada. O "puto", que vinha só porque estava tudo lesionado, afinal mostrou que tem muito valor e confirmou as indicações que trazia do campeonato de juniores.
Tem um futuro promissor. Ainda assim, para já deverá manter-se nos juniores para jogar regularmente.


Uma boa surpresa este argentino. Jesus começou por apostar mais em Sepsi, levantando dúvidas sobre o seu valor. Mas depressa Shaffer as dissipou com exibições muito bem conseguidas, garra e uma excelente técnica.
Um dos candidatos a surpresa da temporada.


Continua sem se capaz de mostrar mais do que aquilo que já se esperava dele. Atacar até ataca, mas com pouca influência. Defender até defende, mas com pouca consistência.
Será alternativa a Shaffer.


A saída de Katso parecia abrir-lhe portas para se o dono do lugar mais recuado do meio campo, mas o francês não tem conseguido convencer totalmente. É uma posição que exige muito em entrega e equilíbrio e Yebda não tem mostrado ser capaz de emprestar isso à equipa.


A revelação da época passada parece que terá ainda de encontrar o seu espaço no novo Benfica. A trinco ou interior direito, Amorim é sempre um jogador útil e competente e estará à espera da primeira oportunidade para ganhar o lugar. Seja ele qual for.


Os 7 milhões que trouxeram Javi para a luz fazem os benfiquistas sonhar com um grande reforço. O espanhol veio do Real Madrid bem referenciado pelos técnicos, mas mal pelos adeptos. Na Luz ainda não teve tempo para mostrar nada.


Martins tem-se mostrado um jogador muito útil no esquema de Jesus. Ora na direita, ora no meio, vai levando a água ao seu moinho. Embora não seja um previsível titular, deverá acabar a época com muitos minutos nas pernas.


Veio como craque e custou como um craque. Tem em resistência o que lhe falta em força, e é um poço de entrega. Ainda não teve tempo para mostrar muito, mas são previsíveis algumas dificuldades de adaptação ao nosso futebol, mais rápido que o brasileiro.


Sem problemas físicos e a jogar na posição que sempre deveria ter jogado. É este o novo Aimar. E com ele parece ter chegado um novo Benfica, com um novo patrão a meio campo.


A época de explosão de Di Maria é aquilo que os benfiquistas esperam. O argentino parece ser aposta de Jesus para o lado esquerdo do losango. Di Maria, confiante, tem correspondido.


Uma promessa que tem aqui a oportunidade de ganhar minutos com a camisola encarnada. Boa técnica e velocidade são os seus argumentos de desequilibrador. Tem-lhe faltado maior consistência para poder dar perspectivas de render 90 minutos a um bom nível.


Bom jogador este uruguaio. É rápido e tem boa técnica, mas tem dificuldades para se adaptar ao novo esquema táctico, onde lhe é pedida outra capacidade física. Fala-se na hipótese de sair para rodar e crescer.


De Nuno Gomes é esperado o mesmo das últimas temporadas: experiência e qualidade técnica e táctica. Falta-lhe o fulgor de outros tempos, mas é sempre um jogador útil e influente.


O craque argentino é a contratação sonante (embora não a mais cara) da temporada. Velocidade, técnica, inteligência e faro pelo golo são os argumentos que tem demonstrado nos primeiros jogos de águia ao peito. Mas de Saviola os benfiquistas esperam mais, muito mais!


Mantém o lugar cativo no plantel e esta deverá ser uma temporada à semelhança das últimas: poucos minutos, mas muita alegria.


Esta promete ser a grande temporada de Cardozo no Benfica. Pelo menos é isso que as exibições de pré-temporada têm prometido. O casamento com Saviola promete golos, muitos golos.


Acabou de chegar, mas é bom que comece rapidamente a contrariar a desconfiança com que os adeptos encaram a sua contratação. Velocidade e golos são o seu cartão de visita, mas sempre com camisolas de menor expressão vestidas.

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