Sofrido não é sofrível


O Benfica voltou hoje a vencer, desta vez para o campeonato e com a União de Leiria como adversário. 2 a 1 foi o resultado final.
Os Benfiquistas viram hoje, provavelmente, o jogo menos bem conseguido daquilo que a temporada nos trouxe até agora. Mérito para a equipa da União, que soube dar óptima réplica e chegou a ameaçar roubar pontos aos da Luz. Felizmente para nós isso não aconteceu.
O golo de Saviola, marcado cedo, dava a enganadora sensação de que o jogo poderia ser fácil. Nada mais errado. Uma infelicidade de David Luíz fazia o Leiria reentrar na discussão pelo resultado. Depois disso, muita luta, pouco espectáculo, poucas oportunidades. Até ao minuto 78, quando Pablo Aimar foi derrubado por Mamadou Tall no interior da área Leiriense: grande penalidade que Cardozo, desta vez, soube não desperdiçar.
O lance que precede o golo é algo estranho, com o defesa leiriense a tentar uma verdadeira acrobacia para cortar a bola. Consegue-o, é facto, mas também atinge o argentino do Benfica, derrubando-o.
Contrariamente ao que acontece com as largas centenas de peritos que irão surgir no decorrer da próxima semana a dar sua exímia opinião sobre o lance (seja concordando ou discordando com a decisão), o meu conhecimento sobre o que dizem os regulamentos não é suficiente para que me sinta à vontade em afirmar se é ou não é falta. Prefiro evitar que a minha opinião se perca neste rio de sabedoria que irá correr.
Certo é que o árbitro assinalou o lance. Sobre este assunto ainda sei o suficiente para o poder afirmar...
Também acho que sei o suficiente sobre rivalidades para adivinhar que amanhã, quando chegar ao trabalho, vou "ter que levar" com o discurso que os meus colegas com preferências divergentes terão preparado para me tentar convencer de que esta foi uma vitória sem mérito...
Mesmo que o tivesse sido, não me tirariam o sorriso dos lábios nem o prazer que me dá saber que a verdadeira razão das suas lamúrias é estarem bem mais preocupados connosco este ano do que aquilo que vem sendo usual.O Benfica está forte, essa é a verdade que os atormenta, e mesmo quando o jogo não corre tão bem preocupa-se em salvaguardar o que mais interessa: a vitória. Esta, embora sofrida, foi a 4ª consecutiva, que nos garantiu o segundo lugar isolado. Fica, no entanto, aquela sensação de que este lugar não é o nosso.

Até breve.

Breves