O que os olhos dizem


23/08/2009 - Cardozo repete o feito da primeira jornada e volta a falhar uma grande penalidade, desta vez em Guimarães, frente ao vitória local;

Estrelinha


Quem viu o jogo cedo percebeu que o Benfica não teria em Guimarães um jogo fácil. A equipa do vitória provou ser umas das boas equipas do nosso campeonato e, bem organizada, criou grandes dificuldades aos nossos jogadores.
A primeira parte do jogo foi - para o adepto benfiquista - difícil de ver. O Guimarães tinha apertado um espartilho que estava a dificultar a respiração aos da Luz e parecia sempre por cima no jogo, mais rápido e a chegar mais facilmente à área encarnada. O adepto benfiquista parecia confuso ao ver a sua talentosa equipa trocar a alegria do seu futebol de ataque por um futebol que se joga em fato-de-macaco. Desabituado à ideia, protestava ao ver as escassas oportunidades que a equipa ia dispondo serem desperdiçadas.
Quem parecia adivinhar a batalha que nos esperava era Jesus que trocou um Coentrão em foco por um batalhador Ramires, no onze inicial. Uma decisão que viria a revelar-se feliz.
A segunda parte não trouxe grandes novidades. Apesar da postura mais expectante que o Guimarães assumiu, o Benfica continuava em bloqueio e as oportunudades de golo escasseavam.
A desinspiração dos nossos avançados atingiu o seu expoente máximo quando, ao minuto 61, Óscar Cardozo repetiu o feito da semana passada e falhou uma grande penalidade. Antes disso já um desinspirado Saviola tinha dado o seu lugar a um desinspirado Keirrison, que passou a fazer dupla com este Cardozo desinspirado. Como desinspirada parecia toda a equipa. Nada parecia funcionar, mesmo contra 10.
Até que, em cima do minuto 90, Coentrão e Ramires decidiram esquecer as quezílias da luta pela titularidade e formaram uma sociedade que resultou no único golo da partida, apontado, de cabeça, pelo brasileiro. Brilhou a estrelinha!...
Costuma dizer-se que o importante é o resultado e, de facto, assim o é. Mas, neste caso, também o foi a exibição, não pelo brilhantismo mas para que no futuro os “novatos” se lembrem que a toada tem que ser esta: lutar, lutar, lutar.
E, estou certo, os benfiquistas estão orgulhosos por ver tão suadas as camisolas dos jogadores que defendem.
Não foi um jogo de sonho, mas alguém trocava este resultado por uma exibição melhor? Não - pois, bem me parecia.

Até breve.

Braga vence Sporting


O Sporting CP foi surpreendido pelo Sporting de Braga em Alvalade, com o resultado final de 1-2. Alan (12') e Meyong (80') marcaram para os arsenalistas, enquanto o recém-entrado Yannick Djaló (70') fez o momentâneo 1-1 para o Sporting.
Mais uma vez os Leões mostraram falta de estofo. Cedo se viram a perder e nunca souberam dar a volta para voltar a estar por cima no jogo.

Ficha de jogo:

Sporting: Rui Patrício; Pedro Silva (Pereirinha, 58m), Daniel Carriço, Polga e André Marques; Miguel Veloso, João Moutinho, Vukcevic e Matias Fernandez (Yannick, 68m); Postiga (Caicedo, 36m) e Liedson.

Suplentes: Ricardo Batista, Tonel, Caneira e Rochemback.

Treinador: Paulo Bento

Sp. Braga: Eduardo; João Pereira, Moisés, Rodriguez (Paulão, 64m) e Evaldo; Vandinho, Alan, Mossoró e Hugo Viana (Matheus, 73m); Paulo César (Fernando Alexandre, 65m) e Meyong.

Suplentes: Kieszek, Frechaut, Madrid e Diogo Valente.

Treinador: Domingos Paciência.

Disciplina: Cartão amarelo para Hugo Viana (32'), Mossoró (32'), Carriço (44'), Liedson (50'), Eduardo (51'), Rodriguez (52').

Golos: Alan (0-1, 12m), Yannick (1-1, 70m), Meyong (1-2, 80m).

Sporting e Tiuí rescindem contrato


O Sporting CP continua a arrumar a casa. Desta vez a notícia é a do acordo de rescisão, sem encargos, alcançado junto do agora ex-atleta leonino, Rodrigo Tiuí.

Pé e meio


As dúvidas que havia quanto à valia da equipa do Vorskla Poltava começaram a ser dissipadas ao minuto 31, altura em que Di Maria aproveitou da melhor forma um excelente passe de Fábio Coentrão, fazendo o primeiro golo do Benfica. Mais do que a mudança que provocou no placard, o golo trouxe consigo uma mudança no futebol jogado pelo Benfica que, mais confiante, partiu para exibição personalizada e construiu um resultado confortável.
Verdade seja dita, os ucranianos nunca se mostraram capazes, sequer, de assustar Quim, mas isso não pode arranhar a boa exibição colectiva dos da Luz: segurança defensiva, futebol fluído e com pormenores deliciosos, eficácia ofensiva - que se traduziu num bom número de golos marcados, e a eliminatória (praticamente) decidida. Que mais se poderia pedir? Julgo que nada, os jogadores bem podem ir para casa com a sensação de dever cumprido.
Pé e meio já lá está...

Quem tem aproveitado para surpreender é Fábio Coentrão. Pé ante pé o jovem internacional português vai conquistando o seu espaço: primeiro, para surpresa de muitos, garantiu lugar no plantel. Agora, para espanto de outros tantos, promete acesa a luta pela titularidade. Para já parece em vantagem sobre Ramires que, ainda em adaptação, terá que mostrar mais.
Nota final para David Luíz que jogou hoje onde mais gosto de o ver (a central) e aproveitou para dar razão (pelo menos em parte) aos que defendem esta como a opção mais acertada para a equipa. Viu-se que:
1) David Luíz é muitíssimo melhor central do que lateral esquerdo;
2) Luisão - David Luíz formam a melhor dupla de centrais do Benfica.
3) Shaffer comete ainda erros que poderão levar Jesus a voltar a encostar David à esquerda, principalmente perante adversários com outra capacidade.
Baralhadas as contas, esperemos para ver o que decide Jesus nos próximos jogos, parecendo certo que, a determinada altura, terá que estabilizar com uma das opções.

Segue-se duro teste em Guimarães, mas nem por isso a exigência dos adeptos diminui, que não esperam outro resultado que não seja uma vitória.

Até lá.